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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Capítulo 17 - So much I wish I could, so many I wish I would

Um ano depois e já estavamos terminando o colegial. Estava tudo pronto para o baile de formatura. Finalmente íamos sair daquela escola e talvez dar um rumo ou algum sentido as nossas vidas. Eu como sempre, me sentia fora o contexto da Fairfax e não estava com muita vontade de ir ao baile, mas o Hillel insistia que eu fosse com ele.
– Mas Hill, cara você sabe que eu não gosto muito dessas coisas.
– Por favor, Maggie, você vai ficar tão linda. Por favor, vamos. – insistia ele.
– Tá, tudo bem.
– Obrigado. – Disse ele me dando um beijo.
O baile aconteceria dentro de dois dias então eu tinha que me virar como pudesse para arrumar um vestido. Não foi fácil até porque eu tive que fazer isso sozinha, eu não tinha muitas amigas mulheres e minha tia não pode ir comigo. Peguei o primeiro que me serviu.
No dia do baile de fato, eu me empolguei. Estava gostando da ideia e estava feliz por ir com o Hillel.
– Uau! Deveriam fazer mais bailes durante o ano. Você está maravilhosa! – Dizia Hillel pegando minha mão.
– Exagero seu Hill. – Sorria timidamente.
– Então, vamos?
– Vamos. Mas não temos que esperar o Flea, o Jack e o Anthony?
– Já estão lá embaixo.
Descemos e encontramos os meninos. Cada um estava com seu par. Eu só não gostei muito do fato do Anthony estar com a Haya, não por ele, mas porque eu nunca gostei dela. Estávamos no meio do caminho quando Anthony tira dos bolsos vários baseados que havia levado para usar com os amigos na formatura.
– Toma aqui. – Disse Anthony entregando um para cada.
– Não acredito nisso! Hoje é nosso baile e vocês vão se chapar? Nem chegamos lá ainda. – Reclamei.
– Isso porque ainda não abri a bebida. – Continuou Anthony.
– Aonde estão Thony? – Perguntou Flea.
– Aqui dentro das minhas calças.
Chegamos ao ginásio e a festa já parecia ter começado. Os meninos não queriam entrar logo porque queriam beber e fumar tudo que trouxeram antes. Eu e as meninas não gostamos disso, mas o que poderíamos fazer?
Quando conseguimos entrar na festa, estava quase no final. Hillel estava alto, mas ele sempre fora muito discreto e quase não dava pra perceber. Flea sempre foi louco então não demorou para que ele tirasse a roupa e dançasse seminu pela quadra.
– Você não quer dançar? – Perguntou Hillel sorrindo.
– Eu... Tudo bem. – Aceitei dançar com o Hillel, era hora das músicas mais lentas e românticas então foi um momento muito agradável.
De repente eu abro os olhos e vejo o Anthony com a Haya na minha frente. A dança deles era um pouco fora do ritmo e descoordenada, provavelmente porque estavam chapados, mas lembro do Anthony me encarando por muito tempo. Ele sussurrava algumas palavras e apontava para mim, mas eu não entendia o que ele queria dizer.
No fim do baile, nosso grupo voltou para o estacionamento para terminar com as bebidas. Em algum momento Hillel teve que sair para ir ao banheiro e então Anthony me puxou pelo braço.
– Quero falar com você.
– O que foi? Não precisa me puxar assim. – Falei me soltando dele.
– Desculpe, eu não quis te machucar.
– Não me machucou, mas fala o que você quer.
– Maggie, é que eu... – Disse ele dando uma pausa.
– Você...
– Eu, só você não percebeu, cara. Eu...
– Só ela que não percebeu o que, cara? – Disse Hillel voltando e ficando ao meu lado.
– Ei cara, você voltou!
– Sim, algum problema por aqui?
– Não, imagina. O Anthony só queria conversar comigo, mas ele está bêbado e não fala coisa com coisa.  – Falei olhando para o nada.
Fiquei curiosa para saber o que ele tinha a me dizer. Cheguei a perguntar pra ele um pouco depois, mas ele acabou dizendo que estava drogado e eu não tinha percebido. Então eu e Hillel decidimos ir para casa, estava muito tarde e a festa havia acabado a horas.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Capítulo 16 - So fucking what?

Agora eu vou fazer todos os capítulos na narração da Maggie, porque é mais fácil escrever em primeira pessoa açdlk~sdg. Depois eu vou mudar os capítulos anteriores q estiverem em terceira pessoa c:
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Era hora do intervalo e estávamos jogados debaixo de uma árvore, como sempre, e Anthony não parava de reclamar.
— Eu não aguento mais meu pai, ele está cada vez mais chato.
— Nós sabemos. — Disse Jack. — Você disse isso pelo menos — ele olhou em seu relógio de pulso antes de continuar — 5 vezes em menos de 10 minutos.
— Você não acha que está exagerando, Anthony? — Perguntei.
— Ele agora está impondo regras ridículas como: Não chegar em casa depois da meia-noite.
— Mas é claro, ele é seu pai, o que você esperava? — Ele me ignorou e continuou a reclamar o resto do dia.
Acordei no meio da noite e ascendi a luz da sala, me assustei e quase gritei ao ver Anthony jogado em nosso sofá. Fui até o quarto de Hillel e o acordei aos solavancos. Ele acordou assustado mas logo sorriu para mim. Ele me agarrou pela cintura e me puxou para a cama, me fazendo cair em cima dele, e beijou meu pescoço.
— Não é pra isso que eu to aqui. — Ele parou de me beijar — O que o Anthony está fazendo no sofá?
— Ah, isso. — Ele me levantou e sentou na cama. — Ele brigou com o pai dele e saiu de casa. Me ligou porque não tinha onde ficar, e eu ofereci o sofá.
— E seus pais sabem disso?
— Sabem, você já tinha ido dormir, mas eles estavam acordados. Por quê essas perguntas?
— Eu não sei, não gosto da ideia do Anthony estar aqui o tempo todo.
— Por quê não?
— Só não gosto. — Voltei pra cama e dormi, tinha até me esquecido porque levantei. Os dias se passavam e sempre que acordava nunca via Anthony no sofá. Ele se levantava mais cedo do que todos.
Era sábado, fim do dia, e estávamos andando na rua. Flea, Hillel e Jack brincando uns com os outros na frente e eu e Anthony conversando atrás.
— Eu sempre tive uma curiosidade. — Ele perguntou.
— Qual? — Perguntei receosa.
— Você não tem nenhuma amiga? Sabe, garota. — Soltei uma risada abafada.
— Estudei com Hill praticamente a vida inteira, então sempre andei e brinquei com ele e seus amigos. Por quê a pergunta?
— Não sei, talvez pudesse me apresentar alguma amiga sua. — Brincou.
— Ei Anth, precisa ver isso. - Gritou Jack. Anthony sorriu para mim e foi para perto dele.
Flea veio correndo para perto de mim. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias por um tempo, até que começamos a falar de Anthony, e da relação que tínhamos.
— Vocês são estranhos, hora se matando, hora se amando. — Disse Flea. Eu ri.
— Não estamos nos amando, estamos nos aturando, Flea.
— Claro, to sabendo. Vocês gostam um do outro, sei disso. Por mais que briguem, são grandes amigos. Admite.
— Eu considero demais o Anthony. Mas eu não acho que ele tenha a mesma consideração por mim.
— E não tem mesmo, é mais do que isso.
— O que quis dizer?
— Não importa, Maggie.