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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Capítulo 11 - No words... I know of to express


Maggie andava de um lado para o outro dentro de casa com Hillel a seguindo.
— Será que dá pra você parar de me ignorar? — dizia Hillel quase gritando, mas ela continuava arrumando a sala, o ignorando. — Fala comigo Margaret. Eu menti pra você, tá eu sei. Mas já faz três dias. Vai me evitar até quando? — perguntou ele, sem obter resposta. — Mas que porra. — ele a segurou pelo braço e a empurrou na parede impedindo que ela fugisse dele.
— Me solta. — ela disse quase em sussurro. — Me solta, Hillel.
— Não vou te soltar até a gente resolver isso. — ela agora se debatia tentando se livrar dele.
— Não tem o que resolver, você mentiu pra mim e eu não gosto de mentiras, entendeu? — disse sem alterar o tom de voz. — Agora me solta.
— Eu não vou te soltar Maggie. Eu menti porque não queria que você ficasse com raiva de mim.
— E achou que ia esconder até quando?
— O objetivo não era esconder, era te polpar de aborrecimento. Porque eu sabia que você ia ficar com raiva. — disse ele a soltando.
— Eu não estou com raiva só porque você ta seguindo os passos do imbecil do Anthony, é por você ter mentido pra mim. O que achou? Que eu fosse parar de falar com você só porque se droga? Se fosse assim eu não seria amiga deles, muito menos do Anthony. — ela não saira do lugar.
— Me desculpa.
— Não é simplesmente pedir desculpa que tudo vai ficar bem. Isso é uma coisa pequena, por enquanto. Como vou saber que não vai mentir pra mim de novo? E por coisas que me machuquem mais. Você não mentia pra mim, somos amigos a vida inteira e desde que conheceu esses garotos, você mudou. — ela o encarava, esperando um pedido de desculpas melhor do que aquele.
— Olha, eu mudei contigo não foi por causa deles, foi porque eu me apaixonei. E a gente muda quando ta apaixonado. Se você não queria que fosse assim, me desculpa. — ela o encarava pensativa.
Ela queria perdoá-lo, mas o medo de que o erro se repetisse era grande.
— Me perdoa, por favor. — ele já estava implorando.
— Eu. — ela respirou fundo. — Eu te perdoo. Mas se você mentir pra mim de novo Hillel, eu não vou te perdoar, entendeu?
— Vem cá. — ele sorriu e a beijou levemente. — Você é tão cabeça dura. — sussurrou ele ao ouvido dela, fazendo-a sorrir.
Eles se sentaram no sofá e passaram o resto do dia abraçados assistindo televisão. Já passava de sete horas da noite e o telefone tocou. Hillel atendeu.
— Alô?
— Cadê você? A gente ta aqui te esperando a mais de meia hora. Não leva tanto tempo assim pra trazer uma guitarra pra cá. — disse a voz do outro lado da linha.
— Eu tinha esquecido, desculpa, Flea. — disse Hillel desconsertado.
— Esqueceu? Mas o que você ficou fazendo de tão importante?
— Maggie. — respondeu sorrindo. Ela o olhava, curiosa.
— Ata, então tudo bem. Mas vem logo, a gente ta esperando. E aproveita e usa a Maggie como burro de carga e trás o baixo também. — disse rindo.
— Pode deixar. Ela é um bom burro de carga. — Eles riram, deixando Maggie ainda mais curiosa.
— Tchau, vem logo.
— Tchau, cara. — Ele desligou o telefone e olhou pra ela.
— Quem era? — perguntou ela.
— Flea, ele disse pra eu te usar como burro de carga pra levar o baixo. — respondeu rindo. Maggie riu e revirou os olhos.
— Pra que ele quer?
— Pra tocar é claro, tapada. — ele deu um leve tapa na cabeça dela, mas que foi suficiente para que ela caísse pro outro lado do sofá.
— Não me diga. — disse irônica ao mesmo tempo que acariciava onde havia apanhado.
— Levanta daí, vem logo.
— Vou tomar banho primeiro.
— Não vai nada, eles já tão putos porque demorei, tudo culpa sua.
— Culpa minha o cacete, você que quis fazer as pazes comigo, eu não te obriguei a nada. — disse ela rindo e ele a beijou.
Anthony estava gritando algo indecifrável quando Hillel entrou no quarto segurando a guitarra e o baixo.
— Achei que fosse usar um burro de carga. — disse Flea, rindo.
— Vai se foder, seu nanico. — retrucou Maggie que já estava se sentando na cama.
— Mas o que ele acha que tá fazendo? — perguntou Hillel para Jack que ria da cara de Anthony.
— Eu sei lá, ta todo alegrinho hoje. Perguntei se era sexo e ele disse que não. — respondeu ainda rindo.
— Você é mesmo um retardado não é, moleque? — disse Maggie dando um chute na bunda de Anthony.
Ele se virou pra ela e a pegou pelas mãos a forçando a dançar.
— Porra! — exclamou ela. — Eu não gosto de dançar. — ela resmungava quase sussurrando e Anthony ria a fazendo dançar.
— Dançar é bom. Você não gosta de nada, deixa de ser chata, garota. — Ele a fazia dançar por todo o quarto abraçada a ele.
Mesmo não querendo, ela se deixava levar pelo que Anthony dizia e sabia que algum dia ia acabar fazendo algo errado, mas não chegava a se importar ao todo com isso.

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